Manifestações de domingo podem aumentar pressão pelo impeachment de Dilma

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 Organizadores programaram protestos contra o governo em mais de 400 municípios do país. A avenida Paulista (foto) deve concentrar lideranças políticas
 Organizadores programaram protestos contra o governo em mais de 400 municípios do país. A avenida Paulista (foto) deve concentrar lideranças políticas

As manifestações deste domingo (13) contra o governo Dilma Rousseff (PT) podem fortalecer o processo de impeachment se reunirem milhões de pessoas nas ruas do país

Balanço desta sexta-feira (11) do movimento Vem Pra Rua, um dos organizadores dos protestos, contabiliza manifestações programadas contra Dilma em mais de 400 municípios brasileiros em todos os Estados, no Distrito Federal e também em 23 cidades de 13 países, entre eles Estados Unidos, Portugal, Espanha, Reino Unido, Suécia e Alemanha.
O termômetro das redes sociais dos últimos dias sugere a recuperação do ímpeto da mobilização contra o governo, impulsionada pelas denúncias progressivas da Operação Lava Jato envolvendo a própria Presidente e o Ex-presidente Luiz Inacio Lula Da Silva, depois de os protestos terem amainado ao longo do último ano, desde as grandes aglomerações de um ano atrás, de 15 de março de 2015.



O evento no Facebook criado para a manifestação na avenida Paulista, em São Paulo, marcada para as 15h do domingo, por exemplo, contava nesta sexta com a adesão de 362 mil pessoas, 105 mil interessadas e 6 milhões convidadas. O protesto da Paulista deve convergir como ponto de encontro das principais lideranças políticas de oposição ao governo Dilma (leia abaixo).
"A oposição não deverá levar milhares ou milhões às ruas, dado que sua ineficácia e divisão é patente", duvida Roberto Romano, professor de ética e política da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). "Mas se por acaso as massas ultrapassarem a casa dos milhões, os políticos serão levados a prosseguir o processo de cassação." O cientista político sublinha que, desde as manifestações pelo impeachment de Dilma do ano passado, "o governo se enfraqueceu, mas a oposição não se fortaleceu".
Segundo ele, o pêndulo entre os dois setores depende, agora, do grau de intensidade das manifestações de ambos os lados, dos que exigem o impeachment e dos que lutam contra tal fim. "Quando os rumos de um Estado dependem do número de manifestantes, de um lado ou de outro, o próprio Estado mostra plena fragilidade", analisa.




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