Obama diz que tropas russas ainda operam na Ucrânia

Presidente americano disse que sanções contra Moscou podem aumentar.
Ele denunciou a violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia.

 Presidente dos EUA, Barack Obama, em entrevista coletiva no encerramento da cúpula do G7 na Alemanha (Foto: Kevin Lamarque/Reuters) 

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (8) que forças russas continuam a operar no leste da Ucrânia, apesar das negações de Moscou, e que o grupo G7, dos países mais ricos do mundo, está pronto para impor sanções significativamente mais rígidas caso necessário.
Obama disse durante entrevista coletiva após cúpula do Grupo dos Sete na Alemanha que as sanções existentes vão continuar até Moscou e os rebeldes pró-Rússia no leste ucraniano respeitarem totalmente um acordo de cessar-fogo negociado em Minsk, capital de Belarus, em fevereiro.
"Como vimos novamente nos últimos dias, forças russas continuam operando no leste ucraniano, violando a soberania da Ucrânia e integridade territorial", disse Obama.
"A Rússia está em profunda recessão. Então as ações da Rússia na Ucrânia estão machucando a Rússia e machucando o povo russo", disse. "E o G7 está deixando claro que caso seja necessário, estamos prontos para impor sanções adicionais significativas contra a Rússia", acrescentou.
Os líderes reunidos na cúpula expressaram preocupação com a escalada dos combates no leste ucraniano, onde separatistas apoiados pela Rússia vêm enfrentando as tropas de Kiev, uma violação do cessar-fogo assinado em abril.
Esta foi a segunda cúpula do G7, que excluiu a Rússia desde que Putin foi afastado do que costumava ser o G8, em reação à anexação da península ucraniana da Crimeia em março do ano passado. A anexação foi chamada de "ilegal" em comunicado do G7.
'Glórias soviéticas'
Obama também acusou seu colega russo, Vladimir Putin, de acabar com a economia da Rússia em uma tentativa malfadada de recriar as glórias soviéticas.

"Ele tem que tomar uma decisão", afirmou Obama a respeito de Putin. "Ou ele continua a destruir a economia de seu país e continua com o isolamento da Rússia em busca de um desejo equivocado de recriar as glórias do império soviético, ou reconhece que a grandeza da Rússia não depende de violar a integridade territorial e a soberania de outros países."
O Kremlin minimizou a ausência de Putin da reunião anual, dizendo que ele prefere "outros formatos" que são mais eficazes e refletem melhor o equilíbrio do poder econômico global.
"Atualmente é impossível se juntar em sete ou oito pessoas e discutir problemas globais eficazmente", teria dito o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskok, segundo a agência de notícias RIA.
Fontes do G7 disseram que a crise da Ucrânia e a maneira de lidar com a Rússia ocuparam dois terços da discussão de um jantar no domingo dedicado à política externa.

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