Obama diz que tropas russas ainda operam na Ucrânia
Presidente americano disse que sanções contra Moscou podem aumentar.
Ele denunciou a violação da soberania e integridade territorial da Ucrânia.
Obama disse durante entrevista coletiva após cúpula do Grupo dos Sete na Alemanha que as sanções existentes vão continuar até Moscou e os rebeldes pró-Rússia no leste ucraniano respeitarem totalmente um acordo de cessar-fogo negociado em Minsk, capital de Belarus, em fevereiro.
"Como vimos novamente nos últimos dias, forças russas continuam operando no leste ucraniano, violando a soberania da Ucrânia e integridade territorial", disse Obama.
"A Rússia está em profunda recessão. Então as ações da Rússia na Ucrânia estão machucando a Rússia e machucando o povo russo", disse. "E o G7 está deixando claro que caso seja necessário, estamos prontos para impor sanções adicionais significativas contra a Rússia", acrescentou.
Os líderes reunidos na cúpula expressaram preocupação com a escalada dos combates no leste ucraniano, onde separatistas apoiados pela Rússia vêm enfrentando as tropas de Kiev, uma violação do cessar-fogo assinado em abril.
Esta foi a segunda cúpula do G7, que excluiu a Rússia desde que Putin foi afastado do que costumava ser o G8, em reação à anexação da península ucraniana da Crimeia em março do ano passado. A anexação foi chamada de "ilegal" em comunicado do G7.
'Glórias soviéticas'
Obama também acusou seu colega russo, Vladimir Putin, de acabar com a economia da Rússia em uma tentativa malfadada de recriar as glórias soviéticas.
"Ele tem que tomar uma decisão", afirmou Obama a respeito de Putin. "Ou ele continua a destruir a economia de seu país e continua com o isolamento da Rússia em busca de um desejo equivocado de recriar as glórias do império soviético, ou reconhece que a grandeza da Rússia não depende de violar a integridade territorial e a soberania de outros países."
O Kremlin minimizou a ausência de Putin da reunião anual, dizendo que ele prefere "outros formatos" que são mais eficazes e refletem melhor o equilíbrio do poder econômico global.
"Atualmente é impossível se juntar em sete ou oito pessoas e discutir problemas globais eficazmente", teria dito o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskok, segundo a agência de notícias RIA.
Fontes do G7 disseram que a crise da Ucrânia e a maneira de lidar com a Rússia ocuparam dois terços da discussão de um jantar no domingo dedicado à política externa.
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